Única, nem por isso perfeita.
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domingo, 15 de janeiro de 2012
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
quarta-feira, 9 de março de 2011
Igreja do Senhor do Bonfim
A devoção ao Nosso Senhor do Bonfim começa ainda nas terras Lusitanas. E é trazida ao Brasil por Teodózio Rodrigues de Faria – capitão de mar e guerra da Marinha portuguesa. Uma forte tempestade, seguida de um naufrágio quase leva à morte o capitão português. E é diante do desespero que ele faz uma promessa ao Senhor do Bonfim: se chegasse vivo a Portugal, traria uma imagem do santo e a sua devoção para a colônia.
Assim começa a historia da fé ao Senhor do Bonfim em Salvador. Em 1745, na semana de páscoa, a imagem esculpida em cedro chega a capital e é colocada na igreja de Nossa Senhora da Penha da França, no bairro de Itapagipe. As associações de fiéis comandadas por Teodózio Rodrigues começam a se formar logo que a imagem chega ao país. E esse número aumenta gradativamente à medida que diversos milagres acontecem. A idéia da construção de uma igreja para o Senhor do Bonfim também cresce na proporção dos milagres, romarias e doações feitas.
A Igreja do Senhor do Bonfim teve sua construção concluída em 1754. A imagem do Nosso Senhor do Bonfim chega na Colina Sagrada no morro de Monte Serrat em procissão. Um dos locais mais altos de Salvador e com vista para a Baia de Todos os Santos é até hoje a moradia a imagem trazida no século XVIII.
A comemoração ao Senhor do Bonfim é feita na primeira quinta-feira depois do dia de Reis. O percurso da festa vai da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia até o Bonfim. A festa começa de manhã e se estende tarde adentro com os agradecimentos e toda a fé que os baianos tem pelo Santo. Além de ser uma das comemorações religiosas católicas mais antigas em Salvador, o lado profano da festa não falta com barracas de bebidas e comidas típicas. Até o ano de 1998, mini-trios elétricos participavam do cortejo. Mas para preservar as tradições religiosas da festa a Prefeitura Municipal e a Arquidiocese de Salvador, vetaram essa participação.
Fé e devoção em forma de fita – As tão famosas “fitinhas do Senhor do Bonfim” tem uma história tão antiga quanto a Igreja. De acordo com documentos recém descobertos, as data de criação das fitinhas está por volta de 1792. Quando foi criada, a fitinha do Senhor do Bonfim era chamada de “medidas”. Pois possuía o tamanho da medida do braço da imagem do Senhor do Bonfim que ficava em Salvador. Na época a “medida” era feita de panos nobres bem parecidos com a seda, possuíam frases e imagens do santo. E a cada romeiro que visitava a Igreja era permitido levar uma “medida” como forma de levar um “pedaço” da devoção.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
História de minha vida
VOU CONTAR UM POUCO DE MINHA VIDA:
NASCI EM PIRAI DO NORTE-BA MEUS PAIS ERAM MUITO POBRES E O ESTUDO ERA APENAS O PRIMÁRIO.
MINHA MÃE QUERIA QUE OS FILHOS ESTUDASSEM, MAIS ELA NÃO PODIA PORQUE TÍNHAMOS QUE SAIR DE LÁ PRA UMA CIDADE MAIOR.
ELA SOFRIA, COITADA, PORQUE QUERIA QUE OS FILHOS TIVESSEM UMA VIDA MELHOR QUE A DELA, QUE LAVA ROUPAS DE GANHO E TRABALHAVA NA ROÇA PRA SOBREVIVER. NÃO ACHANDO SOLUÇÃO, ELA MANDOU CADA UM DOS FILHOS PRA CASA DE ALGUNS AMIGOS DE SALVADOR PARA TRABALHAR E TER A CHANCE DE ESTUDAR. EU ACHEI PESSOAS BOAS MAIS FOI MUITO DIF[ICIL . EU FUI FICAR COM UMA SENHORA QUE SE CHAMA ANGELINA. ELA HOJE ESTÁ BEM VELHINHA . MAS ME ENSINOU MUITAS COISAS BOAS E HOJE AGRADEÇO A ELA PELA PESSOA QUE SOU.
BOM COMO TODO ADOLESCENTE EU ERA DIFÍCIL DE CONVIVER
ÀS VEZES ACHAVA QUE ERA PORQUE ESTAVA LONGE DA MINHA MÃE, MAS NÃO ERA NÃO, PORQUE ATÉ HOJE SOU DIFÍCIL DE CONVIVER E MEIO CHATINHA.RS
AOS 15 ANOS COMECEI NAMORAR ESCONDIDO COM UM RAPAZINHO QUE SE CHAMAVA HUMBERTO JORGE. ELE É LINDO, INFELIZMENTE NÃO FICAMOS JUNTOS, RS, MAIS ERA LINDO.
EU NEM ESTAVA AÍ PRO TRABALHO, QUERIA MESMO ERA NAMORAR, PASSEAR, COMO SE FOSSE FILHA DA PATROA. ACORDAVA CEDINHO E IA VER O HUMBERTO SAIR DE CARRO PRA TRABALHAR COM O TIO, QUANDO CHEGAVA A HORA DELE VOLTAR DO TRABALHO, EU DEIXAVA TUDO LÁ E IA CORRENDO PRO FORTE DO MONTE SERRAT OLHAR ELE . À NOITE IAMOS ESTUDAR, EU ESPERAVA ELE E IAMOS A PÉ PARA O CAMINHO SER MAIOR. ÍAMOS CONVERSANDO.
AH! COMO EU AMAVA ELE, ELE MUITO LINDO.
EU, AINDA MENINA TÍMIDA, MAS EU QUERIA FICAR PERTO DELE. NA SALA, SÓ SENTAVA PERTO.
EU ERA MUITO FELIZ COM ELE. MAIS INFELIZMENTE MUDAMOS DE SALA NO ÚLTIMO ANO DO GINÁSIO E ELE SE MUDOU. NUNCA MAIS EU O VI. QUE SAUDADE DO MEU GRANDE AMOR! TIVE OUTROS AMORES, MAS O PRIMEIRO A GENTE NUNCA ESQUECE.
LUCIENE -27/01/2011.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Capoeira em Salvador
A tão conhecida Capoeira, que é vista nas ruas e ladeiras de Salvador, tem a sua história relacionada à opressão e cultura. Assim surge essa dança ou arte marcial, como queiram chamar.
A escravidão no Brasil teve inicio por volta de 1538 e com a vinda desses africanos os costumes trazidos na bagagem eram uma forma de minimizar o sofrimento no Novo Mundo. Os rituais religiosos e danças comemorativas feitas na terra natal já mostravam os primeiros passos que iriam culminar na Capoeira. O surgimento real dela acontece logo depois das primeiras fugas de escravos. Dessa forma, os fugitivos necessitavam de algo que os defendesse e lhes desse a habilidade de atacar os “capitães-do-mato”. E com movimentos de ginga, saltos e chutes a antes dança comemorativa ganha caráter de luta. A eficácia da Capoeira veio em forma de vitória nas diversas batalhas, seja em relação à opressão social da época ou em Guerras como a do Paraguai.
O nome mundialmente conhecido tem origem nas “capoeiras”, ou terrenos que tiveram o mato queimado e apresentam a sua vegetação crescente. E eram nesses espaços que os escravos tinha condições favoráveis na hora de lutar em prol da liberdade e da vida. A Capoeira teve tanta influência na época da escravidão e nos anos que seguiram após a abolição, que chegou a ser proibida sob pena de prisão ou até deportação. Sendo os seus praticantes considerados desocupados e desordeiros.
A diversidade existente na Bahia também está inserida na capoeira, que possui duas variações de estilos de luta, musicas e cantos. O primeiro estilo da capoeira surge junto com seu desenvolvimento durante a escravidão. A capoeira Angola, como é conhecida, corresponde a uma das características da cultura africana Bantu, que são alguns de seus rituais religiosos. O jogo de capoeira Angola é recheado de sagacidade, mandinga e elegância de movimentos que seguem o ritmo tocado pela orquestra. Um dos mestres mais conhecidos da capoeira Angola é Vicente Ferreira Pastinha – o Mestre Pastinha. Discípulo do mestre africano Benedito, Pastinha dedicou sua vida aos ensinamentos da capoeira em sua academia no Pelourinho (Centro Esportivo de Capoeira Angola), se dedicou, sobretudo a desfazer o preconceito em relação a capoeira incrustado na sociedade.
Na década de 30 aqui na Bahia, Manoel dos Reis Machado – o Mestre Bimba – após 14 anos cercado com os ensinamentos da capoeira Angola, tendo em vista as falhas desta modalidade, decide criar a Luta Regional Baiana. E hoje a conhecida Capoeira Regional é uma linha aperfeiçoada da capoeira Angola, com cerca de 52 golpes. Foi o mestre Bimba que através na sua nova linha de ensino da capoeira, conseguiu incluir a mulheres e posteriormente pessoas brancas e de outras classes sociais. Ele também exigia que os seus capoeiras estivessem trabalhando ou estudando, exigiu até quem todos jogassem com uniforme branco, como forma de higiene.
A trajetória da Capoeira mostra que ela foi mais uma forma dos escravos e seus descendentes afirmarem sua identidade e cultura numa sociedade preconceituosa. O mais novo Patrimônio Cultural Brasileiro é praticado nas ruas do Centro Histórico, onde existem diversas academias, bem como na tradicional roda de capoeira no Mercado Modelo e em todo o resto da cidade existe uma academia ou um grupo de capoeira esperando de braços abertos os novos e velhos adeptos.